Bonus life



Primeiramente gostaria de me desculpar por utilizar este espaço para falar de assuntos pessoais. Este não é o foco do blog, mas como aconteceu um fato recentemente, esse é um bom lugar para contar como foi, já que o Twitter só libera 140 letrinhas por vez.

Na última sexta-feira, dia dos namorados, estava eu voltando para casa quando, faltando apenas uma quadra para chegar em casa, um carro apareceu no meu caminho e me jogou longe.

É um cruzamento um tanto quanto perigoso, surgem carros de todas as direções e eu não me surpreenderia com o dia que começasse a surgir carros de cima e de baixo também, pois aquele lugar é uma loucura.

Eu tinha visto o carro de longe e ele estava parando para me dar passagem e então eu atravessei a bendita rua. Faltando apenas dois passos para chegar na calçada o infeliz motorista acelerou e me atingiu, me fazendo voar uns bons 3 metros rua abaixo. Creio que ele estava olhando para o outro lado e acelerando ao mesmo tempo e não viu que eu ainda não tinha terminado a travessia, não sei. Caí de bruços no chão e a roda ficou a uns palmos da minha cabeça. Se ele não tivesse freiado talvez eu não estaria aqui digitando estas linhas.

Me levantei e o motorista saiu do carro. Gastei todo meu latim xingando as próximas 32 gerações do homem, que estava mais assustado do que eu, pediu inúmeras desculpas, disse que não tinha me visto e me ofereceu ajuda. Pelo fato da minha adrenalina estar a mil, o calor do momento não me deixou perceber os ferimentos e então neguei a ida ao hospital que ele me ofereceu.

Cheguei em casa ainda fora de mim, dando risada até. "Wow, fui atropelado". E só quando entrei no banho é que percebi que estava cheio de arranhões no corpo, com ambos os ombros doendo e que o meu tornozelo estava do tamanho de uma melancia. Então a minha ficha caiu e percebi o que tinha acontecido. Não consegui mais andar e fui ao hospital, onde checaram tudo e o ferimento mais grave foi mesmo o tornozelo, que foi imobilizado.

Eu poderia ficar aqui escrevendo mil toques sobre como a vida efêmera e tal. Mas acho que não é hora nem local para isso. Acho que cada pessoa irá perceber isso em algum momento da vida. Tem gente que percebe isso já no começo da vida, outros bem no final. Eu percebi isso só agora e espero aproveitar a "segunda chance" que me foi dada e fazer valer a pena. Desculpe novamente, mas sentimentalismo depois de um trauma desses é inevitável.

Ah, apenas para explicar. Utilizo o sensor da Nike+ para monitorar minhas corridas e no momento do choque, apesar d'eu não estar correndo, o sensor estava ligado. O gráfico acima mostra a redução brusca de velocidade na hora do acidente. Interessante, né? Depois falo melhor do Nike+, prometo.

Voltemos à programação normal :)

1 comentários:

gonn1000 disse...

Sim, o sentimentalismo é compreensível, também escrevi um post do género quando um camião destruiu metade do meu carro comigo lá dentro ou quando uma televisão quase caiu em cima de mim na entrada de uma estação de metro :S
Ainda bem que no teu caso o pior também foi só o susto, mas faz pensar...

right now

Twitter Updates

    ¡REVANCHA! mixtapes


    tags